A avaliação de riscos é uma etapa essencial para qualquer empresa que busca adequar-se à LGPD de maneira eficaz. Sem um diagnóstico claro das ameaças e vulnerabilidades no tratamento de dados, não é possível implementar controles eficientes nem demonstrar boa-fé em caso de incidentes.
O processo começa com a identificação dos ativos que manipulam dados pessoais: sistemas, servidores, aplicações em nuvem, dispositivos móveis e até arquivos físicos. Em seguida, avalia-se quais dados são processados em cada ponto e quem tem acesso a eles. A partir disso, é possível identificar vulnerabilidades, como falta de criptografia, acessos não monitorados ou ausência de backups.
Outro aspecto importante é avaliar os terceiros envolvidos: prestadores de serviço, fornecedores, parceiros e até operadoras de TI. O compartilhamento de dados exige contratos com cláusulas específicas de privacidade e garantias de conformidade.
Uma ferramenta poderosa é o Relatório de Impacto à Proteção de Dados Pessoais (RIPD). Nele, a empresa documenta os riscos identificados, as medidas adotadas e o plano de mitigação. Esse relatório demonstra comprometimento com a LGPD e serve como evidência em caso de auditorias ou fiscalização.
Mitigar riscos é um esforço contínuo. Exige a atualização de softwares, revisão de acessos, políticas de segurança da informação e treinamento constante das equipes. Ao identificar e tratar seus pontos fracos, a empresa não apenas evita sanções, mas também fortalece sua resiliência operacional e reputação no mercado.