Um dos pilares da conformidade com a LGPD é o mapeamento do ciclo de vida dos dados dentro da empresa. Saber exatamente onde os dados pessoais entram, por onde circulam, quem tem acesso e onde são armazenados é essencial para implementar medidas eficazes de proteção e segurança.
O primeiro passo é identificar todos os pontos de coleta de dados pessoais. Isso inclui formulários online, sistemas de CRM, contratos, redes sociais, entre outros. Em seguida, é necessário entender por que esses dados são coletados, com qual finalidade e com base em qual hipótese legal prevista na LGPD.
Depois da coleta, é preciso mapear a trajetória dos dados: eles são processados internamente? São compartilhados com terceiros? São armazenados em servidores próprios ou na nuvem? É nesse momento que se identificam riscos, como acessos indevidos ou ausência de criptografia.
Ferramentas como planilhas de inventário de dados ou softwares de data mapping podem ajudar nesse processo. O importante é que a documentação seja clara, atualizada e reflita a realidade da empresa. Esse inventário servirá de base para a construção da política de privacidade, dos relatórios de impacto e da gestão de consentimentos.
Além disso, o mapeamento deve ser revisado periodicamente. Sempre que um novo sistema for implantado ou um novo processo for criado, ele deve ser incorporado ao fluxo de dados documentado.
Empresas que conhecem bem seu fluxo de dados estão mais preparadas para mitigar riscos, responder a incidentes e demonstrar conformidade perante órgãos reguladores e titulares de dados.